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Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região

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Publicada em: 29/06/2025 16:20. Atualizada em: 29/06/2025 16:20.

IA em pauta: oficina convida gestores (as) do TRT-RS a surfar a onda da transformação digital

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Início do corpo da notícia.
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aA foto mostra o servidor Frederico ao fundo e o público em primeiro plano..jfif
Servidor Frederico Oliveira Cardoso.

Nesta quinta-feira (26/6), a Inteligência Artificial (IA) foi um dos destaques do 28º Encontro Anual de Gestores e Gestoras do TRT-RS, em Canela.

Confira aqui o álbum de fotos do evento.Abre em nova aba

Neste segundo dia, o evento dividiu o grupo de participantes em dois: enquanto parte esteve em uma aula prática sobre Linguagem Simples, a outra metade participou da imersão em IA conduzida pelo servidor Frederico Oliveira Cardoso, assessor de inovação do Tribunal, com participação de André Farias, diretor da Setic.

A abertura ficou por conta de um avatar virtual: S.A.R.A — Sistema Autônomo de Reflexão Aplicada — uma personagem de IA que, com bom humor e um toque humano, deu boas-vindas à oficina.

Imagem do Público sentado.Com cabelos cacheados, óculos e um terno azul escuro sobre uma blusa clara, SARA destacou que “o que transforma de verdade não são as ferramentas, são as pessoas que as usam e a forma como fazem isso. São os olhares, as conexões e, claro, até as fofocas de corredor. Opa! Digo, conversas de corredor”.

Apesar do carisma da anfitriã digital, o centro da oficina foi o conteúdo. Coube a André Farias introduzir a temática e lançar questionamentos provocativos ao público. Ele enfatizou que a inteligência artificial não é um conceito distante ou futurista, mas uma realidade já incorporada ao cotidiano — inclusive no ambiente de trabalho do TRT-RS.

Imagem do Público sentado."A IA veio para transformar a forma como a gente faz as coisas, trabalha e, quem sabe, até vive melhor. Ela está no nosso dia a dia, queiramos ou não. Já utilizamos IA em muitos serviços, muitas vezes sem nos darmos conta", afirmou.

Farias aproveitou a oportunidade para mapear, em tempo real, o nível de familiaridade do público com ferramentas como ChatGPT, Gemini e Notebook LM, todas ligadas a sistemas de IA generativa.

Uma enquete rápida, com mãos levantadas, revelou que parte dos participantes já utiliza esses recursos, ainda que nem sempre de forma consciente ou institucionalmente segura.

Imagem do Público sentado.O diretor chamou a atenção para a importância de se utilizar plataformas contratadas oficialmente pelo Tribunal, a fim de garantir proteção de dados e confiabilidade dos resultados.

"A IA pode ser uma aliada imensa no nosso trabalho. Mas é essencial termos cuidado com as ferramentas que usamos. O tribunal já oferece soluções contratadas e seguras, e é nelas que devemos apostar", ressaltou.

Conhecer a onda para não tomar caldo

Imagem do Público sentado.Na sequência, Frederico Oliveira Cardoso aprofundou o conteúdo, trazendo uma distinção clara entre algoritmos convencionais e inteligência artificial. Explicou como robôs utilizados no projeto Automatiza TRT operam de forma determinística — com respostas sempre iguais para condições iguais —, mas destacou que a IA vai além, sendo capaz de aprender padrões, lidar com incertezas e tomar decisões em contextos mais complexos.

Para ilustrar, Frederico apresentou imagens divertidas de comparações enganosas entre muffins e chihuahuas ou entre rosquinhas e filhotes enrolados. “Como ensinar um sistema a distinguir isso com regras fixas? É aí que entra a IA, com modelos que aprendem com exemplos”, explicou.

foto em primeiro plano do servidor Frederico.
Servidor Frederico Oliveira Cardoso.

A atividade seguiu com exercícios em grupo, permitindo que os participantes refletissem sobre aplicações práticas no contexto do TRT-RS. A organização das cadeiras em círculos — e não em fileiras — estimulou a troca de ideias. A proposta era clara: pensar a tecnologia não apenas como ferramenta, mas como parte de uma cultura institucional de inovação e colaboração.

De volta à prática

Entre as reflexões propostas estava o uso responsável e estratégico da IA no Judiciário. Frederico destacou soluções já implementadas no Regional, como o sistema Galileu e o Pangea — premiado nacionalmente —, reforçando que inovação exige conhecimento técnico, visão institucional e, principalmente, pessoas engajadas.

Imagem do avatar SARA.
Personagem virtual SARA.

"A gente está vivendo um momento de várias ondas. Algumas pequenas, outras enormes. E precisamos entender essas ondas para não tomar um caldo. Nosso papel é surfar essa transformação com consciência e responsabilidade", disse.

Ao final do turno, participantes relataram entusiasmo e curiosidade com o tema. Para muitos, a oficina foi um marco no processo de inserção mais segura, estratégica e crítica da inteligência artificial nas rotinas de gestão.

A chefe da Divisão de Projetos de TI, Deise Alexandra Koerber, destacou que, mesmo sendo da área de tecnologia, se surpreendeu com as novidades apresentadas. 

“O interessante é que, mesmo sendo da área de TI, tem muita novidade pra gente, pra quem não está nessa parte do desenvolvimento”, contou.

A foto mostra o servidor André Farias ao microfone.
Servidor André Farias.

Diz que passou a conhecer melhor o Notebook LM, ferramenta que pretende adotar em sua rotina, e já utiliza outros recursos baseados em IA no dia a dia.

“Uso bastante o Gemini, uso o ChatGPT para situações de trabalho. Até a escrita de e-mails, ou um texto que vai ser enviado para algum colega em algum projeto, são bastante melhorados com o uso da IA”, relatou.

Deise também elogiou o envolvimento de pessoas de outras áreas: “É bacana ver o interesse das pessoas das áreas. Isso certamente vai afetar o trabalho de todo mundo e vai otimizar os processos”, projeta.

Já Walter Mendes de Oliveira, assessor do desembargador Luiz Alberto de Vargas, ressaltou o tom acessível e instigante da oficina. “Foi uma abordagem muito legal, que tratou de conceitos complexos de forma simples e direta”, avaliou. 

Para ele, o grande mérito da atividade foi despertar o interesse dos gestores para o tema.

“Achei ótimo o conteúdo, principalmente porque tratou de aplicações reais da IA e deixou claro que não se trata apenas de algo técnico ou para especialistas. É uma discussão para todos”, comentou. 

Walter também reforçou a importância de seguir investindo em capacitação: “Eventos como esse ajudam a construir uma cultura institucional de inovação. A gente precisa disso para avançar com segurança”.

Se depender da reação dos gestores e gestoras que estiveram na atividade, o futuro do TRT-RS com IA será não só mais eficiente — mas também mais colaborativo e consciente. Como bem disse a SARA, “ninguém inova de barriga vazia, mas também ninguém inova sozinho. Então, vamos juntos”.

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Fonte: Texto Eduardo Matos (Secom/TRT-4) - Fotos Guilherme Lund
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