Encontro de Gestores: Thedy Corrêa encerra atividades com palestra sobre música e trabalho
Embora pareçam coisas distintas, música – e o rock, em especial – e trabalho têm muito a ver. É o que mostrou Thedy Corrêa, vocalista da banda Nenhum de Nós, no encerramento do 22º Encontro Anual de Gestores da Justiça do Trabalho gaúcha. Na tarde da última sexta-feira (11/10), o músico falou sobre liderança, inovação e música no Plenário Milton Varela Dutra, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS).
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Abre em nova abaNa ocasião, Thedy comparou a postura de determinadas equipes a elementos presentes em diferentes estilos musicais – do ritmo do samba à harmonia da música clássica, passando pela inovação do rock e pela tradição da música folclórica. Ele também relacionou os membros de uma equipe às posições ocupadas por músicos numa banda de rock. Cada uma dessas posições ocupa, segundo ele, um papel fundamental no trabalho, já que possui diferentes habilidades e cada uma responde a uma necessidade específica. Sem um dos membros, uma banda de rock fica incompleta. O mesmo ocorre com uma equipe de trabalho, destacou a voz por trás do Nenhum de Nós.
O músico também chamou atenção para um elemento necessário tanto na música quanto no ambiente de trabalho: a confiança. “Quando o vocalista for abrir a boca e verbalizar todo o trabalho que foi feito, ele tem que acreditar que o baterista é o cara perfeito para colocar aquela equipe no ritmo certo; que o baixista vai estar lá presente quando o volume de trabalho aumentar; que o guitarrista sabe produzir a nota de um milhão de dólares; e que, se alguma coisa estiver dando errado, o tecladista vai saber resolver. E aí ele abre a boca e aquela convicção, aquela confiança e aquela segurança saem junto com as palavras”, afirmou, “e elas nos cativam, nos convencem e a música se transforma num grande sucesso”.
Thedy ainda falou sobre a necessidade de inovar – mostrando, inclusive, casos de sucesso de artistas que souberam colocar isso em prática – e sobre as diferenças entre ser um chefe e um bom líder. O primeiro, de acordo com o músico, é aquele que apenas manda, já o segundo sabe ouvir as demandas, propor soluções e andar junto com a equipe. Inclusive para trás, se necessário.
“O chefe, como tem uma questão de autoridade, ele pensa: ‘eu não vou dar um passo para trás. Quero só dar passos para frente. Eu tenho autoridade e não quero perder isso’”, afirmou o vocalista. “O líder se preocupa de maneira diferente: ele se preocupa se existe alguém para dar um passo para a frente. Ele tem a consciência de que, dando um passo para trás e legitimando aquele momento, ele está ajudando a todos”, continuou. “O chefe gosta de estar na frente. O líder gosta de estar cercado”, concluiu.