Novos/as juízes/as da 4ª Região tiveram aula sobre etnias e formação cultural do RS
No dia 26 de julho, magistradas e magistrados do TRT-RS assistiram à aula “Redescobrindo o Rio Grande do Sul”. A atividade foi ministrada pelo professor Mário San Segundo, diretor de ensino e professor de História no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).
A aula fez parte do processo de ambientação de juízas e juízes removidos de outros regionais para o TRT-RSAbre em nova aba e foi realizada na Ejud-4. O professor falou sobre as diversas etnias que formam a identidade do gaúcho, passando pelos primeiros europeus a pisarem no Estado, pelos espanhóis, e, depois, a chegada dos portugueses e a imigração italiana e alemã no fim do século XIX.
O foco da atividade, no entanto, foram as etnias que, segundo Mário, sofrem um processo de apagamento histórico. Conforme o professor, os primeiros sinais civilizatórios no Rio Grande do Sul datam de 12 mil anos atrás. Hoje, essas populações são comumente chamadas de indígenas, no entanto, são etnias distintas, com culturas diferentes, e que estiveram em conflito por muito tempo.
A influência desses povos é percebida no nome do rio que é um dos cartões postais do Estado. Guaíba é um nome de origem guarani e significa “encontro das águas”. Além dos guaranis, Mário citou os povos jês, sambaquis, caingangues, umbus e charruas (ou minuanos).
De acordo com o professor, a população negra africana, trazida contra sua vontade junto das primeiras embarcações portuguesas, também tem impactos profundos na cultura gaúcha. Dentre as influências perceptíveis até hoje está a proeminência de religiões de matriz africana. “O Rio Grande do Sul é o estado com maior percentual de adeptos”, ressaltou Mário.
Após a atividade, os magistrados prosseguiram para a cerimônia de ratificação do compromisso com o TRT-RSAbre em nova aba.