Guia para Estimativa de Esforço para Estórias/Tarefas
(Fonte: http://www.tecgraf.puc-rio.br/~rtoledo/publications/Agile/StoryPoints.pdf)
Introdução
Porque precisamos estimar o esforço das tarefas?
-
para poder dizer em quanto tempo somos capazes de fazer um
determinado conteúdo (ou o quanto somos capazes de fazer em um período fixo de tempo);
-
para identificar perdas e ganhos de desempenho baseado na nossa
velocidade; e
-
para fornecer ao PO a informação de custo de implementação para
ele decidir a prioridade de execução das estórias.
O que é e porque usar Fibonacci?
A série de Fibonacci é uma sequência numérica definida como {0, 1, 1,
2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55 etc.} onde, a partir dos dois primeiro elementos, a série continua somando-se os dois
elementos anteriores. Para uso nas estimativas de esforço, vamos usar a sequência a partir do terceiro elemento, já que
não nos interessam estimativas com valor 0 e com a repetição do número 1. Assim, a sequência usada será
{1,2,3,5,8,13,21,34,55}.
Por que usar a série de Fibonacci e não outra, como a
binária?
É interessante que os pontos fiquem cada vez mais espaçados à medida
que vão crescendo. Com isso, a imprecisão fica embutida na própria escala da medida. Sempre quando estimamos coisas
grandes o erro também aumenta, então faz sentido espaçamentos maiores. Também se evita discussões do tipo: "essa tarefa
é 38 ou 39 pontos?", é 40 e pronto.
A série de Fibonacci cresce mais rapidamente que a série binária,
sempre pode-se quebrar a estória em duas de tamanho imediatamente menor. Isso é a própria regra de Fibonacci: FIB(i) =
FIB(i-1) + FIB(i-2). Essa proporção entre as estórias quebradas segue a razão áurea, que é uma razão recorrente na
natureza.
Como usar o esquema de estimativa de esforço
No TRT4, a série de Fibonacci também é usada para estimar o esforço das
tarefas dos projetos. Abaixo está um quadro do esquema utilizado:
1
|
2
|
3
|
5
|
8
|
13
|
21
|
34
|
55
|
Até 1 semana
(1/2 sprint)
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De uma a duas semanas
(1 sprint)
|
Mais de duas semanas (mais de uma
sprint)
|
Ao avaliar o esforço necessário para a realização de uma tarefa,
deve-se escolher uma das faixas de esforço:
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Até uma semana: significa que a demanda/tarefa pode ser realizada em até 5 dias
úteis, ou seja, na metade de uma sprint (considerando sprints de 2 semanas);
-
De uma a duas semanas: significa que a demanda/tarefa necessita de mais de 5 dias úteis
para ser realizada, mas menos de 10 dias úteis. A demanda será concluída ainda dentro do período de uma
sprint.
-
Mais de duas semanas: a demanda necessitará de mais de 10 das úteis para ser realizada,
isto é, mais do que o período de uma sprint.
Dentro de cada faixa ainda há uma escala que deve ser utilizada para
chegar a um número que represente a complexidade estimada.
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Faixa
|
Complexidade
|
Dias úteis de esforço
|
Conversão para esforço em horas
|
Até uma semana
|
1
|
<= 1 dia
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>= 1 hora e <= 7 horas
|
2
|
> 1 e <=
3 dias
|
> 7 horas e <= 21 horas
|
3
|
> 3 e <=
5 dias
|
> 21 horas e <= 35 horas
|
De uma a duas semanas
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5
|
> 5 e <= 6
dias
|
> 35 horas e <= 42 horas
|
8
|
> 6 e <= 7
dias
|
> 42 horas e <= 49 horas
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13
|
> 7 e <= 10
dias
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> 49 horas e <= 70 horas
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Mais de duas semanas
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21
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11 a 13
|
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34
|
14 a 20
|
|
55
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Mais de 20 dias
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Assim, uma demanda que necessite de 4 dias úteis para ser realizada,
deve ter a complexidade marcada com o número 3. Já outra demanda que necessite de 9 dias úteis para ser realizada, deve
ter a complexidade marcada como 13.
Em todos os casos, o esforço estimado se refere a um programador,
trabalhando em tempo integral na demanda, durante o período de 7 horas diárias.
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