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Publicada em: 31/03/2022 10:07. Atualizada em: 31/03/2022 13:55.

Artigo: "Resistência Feminina", de autoria da vice-corregedora do TRT-4, desembargadora Laís Helena Jaeger Nicotti

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Fotografia da desembargadora Laís Nicotti com arte da marca do mês das mulheres do TRT-4.As histórias inspiradoras que apontam caminhos para pensar o destino da humanidade e pautar discussões políticas e sociais no século 21, não podem ser esquecidas. 

Com o protagonismo de mulheres icônicas, lutas e ideais por liberdade e inclusão, nos mais diversos segmentos, uma verdadeira revolução se estabeleceu nos últimos cem anos neste espaço chamado mundo. É a liderança feminina no protagonismo das mudanças sociais e culturais.

No universo de nomes do ativismo humanitário, pacifista, religioso, artístico, cultural e político, sublinhamos alguns, a comprovar batalhas, que ainda temos pela frente. As transformações, conquistadas à custa de desafios, às vezes, inimagináveis, não podem cair no esquecimento, pois o significado é atemporal.

Numa França, ainda conservadora, Simone de Beauvoir foi vanguardista na busca pela igualdade de gêneros. Seu livro “O Segundo Sexo” estimulou o debate sobre a opressão da mulher na sociedade.

A gaúcha de Rio Grande, Carmen da Silva, citada como mestra pela feminista Rose Marie Muraro, por sua vez, tendo inspiração nos ideais defendidos por Simone de Beauvoir, escreveu, na revista feminina Cláudia, a precursora coluna “A Arte de Ser Mulher”. Seus textos, ainda hoje, são objeto de pesquisa.

Nise da Silveira, psiquiatra alagoana, não foi apenas uma mulher à frente do seu tempo. Ela mudou, para sempre, o tratamento mental no Brasil, sendo pioneira em terapia ocupacional. Personagem fascinante, presa pela polícia do Estado Novo, dividiu a cela com a militante Olga Benário.

Carolina Maria de Jesus, brasileira, negra, neta de escravos, mãe solteira, favelada. Semianalfabeta, virou fenômeno literário, registrando suas impressões cotidianas. Seu livro “Quarto de Despejo” consiste em denúncia social de luta pela sobrevivência. Foi traduzido para 13 línguas em mais de 40 países.

Maria da Penha Maia Fernandes, nasceu no Ceará. Farmacêutica, ficou paraplégica em consequência de agressões pelo marido. Hoje, é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

Violeta Parra, chilena de inestimável talento, conquistou o mundo, como compositora, violonista, cantora, pintora. Suas letras, ora intimistas, ora retratando questões políticas, tornaram-se universais. Foi a primeira artista latino-americana a ter uma exposição individual no Museu do Louvre.

Neste breve tributo, cabe a referência a três jovens extraordinárias.

Anne Frank, vítima do holocausto, eternizou, num diário, os horrores que viveu, como judia, na ocupação nazista na Holanda.

Malala Yousafzai, considerada, pelos talibãs, uma ameaça contra o Islã, por defender, no seu blog “Diário de Uma Estudante Paquistanesa” o direito de meninas irem à escola. Sobreviveu a atentado, exilou-se na Inglaterra, é símbolo da luta pela educação.

Greta Thunberg, adolescente sueca, ambientalista. Pela preservação do clima, desafia líderes mundiais a tomarem medidas imediatas contra mudanças climáticas e efeito estufa.

Graças a elas, que: polêmicas, ao reivindicar; revolucionárias, ao mudar rumos; corajosas, ao levantar a voz contra injustiça, opressão e preconceito, cada uma contribui, a seu modo, na vida, nos movimentos civis, nas estratégias de resistência e transformação.

Os desafios simbólicos representados pelo 8 de março estão alinhados com a principal missão e compromisso institucional da Justiça do Trabalho na defesa equilibrada dos direitos fundamentais de uma sociedade que clama por justiça, cidadania e dignidade humana. 

Laís Helena Jaeger Nicotti
Vice-Corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)

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Fonte: Secom/TRT-RS
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