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Publicada em: 21/05/2021 17:39. Atualizada em: 21/05/2021 17:39.

Jornada Sintrajufe/RS: Pesquisadora da Fiocruz e Médico do Trabalho falaram sobre a saúde do trabalhador durante a pandemia

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capa - SITE.pngO quarto encontro da jornada “A saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras ameaçada: trabalhar sim, adoecer não”, promovida pelo Sintrajufe/RS, aconteceu na última quinta-feira (20/5) com a apresentação de pesquisas que vêm estudando a saúde dos trabalhadores durante a pandemia. Os painelistas foram a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Maria Juliana Moura Corrêa e o médico do trabalho Geraldo Azevedo, assessor de saúde do Sintrajufe/RS. O vídeo está disponível no Abre em nova abacanal do Youtube Abre em nova abada entidade e pode ser assistido aquiAbre em nova aba.

A pesquisa “Rede de Informações sobre a exposição ao Sars-Cov2 em trabalhadores do Brasil”, apresentada por Maria Juliana, é coordenada e executada pela Fiocruz e pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat). O estudo conta com a participação de universidades parceiras em todo o país e instituições de pesquisa na América Latina e América do Norte, além de apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Os pesquisadores vêm avaliando a atividade de trabalhadores e seus locais de trabalho como potenciais fatores de exposição ao vírus. A população de estudo inclui, dentre outros, profissionais da área da saúde, correios, petroleiros, trabalhadores da alimentação e frigoríficos, saneamento e postos de combustíveis. Mais de 1,9 mil trabalhadores, de 22 estados brasileiros, responderam às questões da pesquisa.

Conforme a pesquisadora, está sendo criada uma rede participativa e democrática de cientistas e trabalhadores do SUS, com o objetivo de promover ações inovadoras em tecnologia da informação e comunicação. Já foram publicados seis informes com orientações para mitigação da exposição ao vírus em ambientes de trabalho e elaborados quatro pareceres a pedido do MPT. A Rede também atende demandas oriundas de sindicatos dos diferentes ramos de produção e realiza encontros e entrevistas com pesquisadores e representantes do Judiciário para compartilhar experiências em saúde e trabalho, com base na ciência. Todos os dados já publicados encontram-se disponíveis no Repositório Institucional da Fiocruz, o ArcaAbre em nova abamaria juliana.png

Já o trabalho remoto compulsório vem sendo o objeto da pesquisa apresentada pelo médico do trabalho do Sindicato. Geraldo trouxe dados preliminares do estudo “Trabalho Remoto Compulsório e sob Confinamento” que ainda está em andamento. Responderam à pesquisa, entre outubro de 2020 e março de 2021, mais de 460 servidores de todos os ramos do Poder Judiciário e do Ministério Público da União. As questões incluem temas relativos à saúde física e ergonomia, condições tecnológicas disponíveis, jornada de trabalho, convívio com colegas, além de aspectos psicológicos, familiares, execução de tarefas domésticas, cuidado com familiares e sentimentos em relação à pandemia.

Dentre os sentimentos mais presentes entre os entrevistados, 64,5% mencionou a ansiedade; 46,1% falou sobre a saudade de familiares e amigos; 40,9% destacou a exaustão; 38,1% relatou impaciência e 35,3% citou a saudade dos colegas. Na sequência, apareceram: abatimento (31%), tristeza (27,3%, medo (26,8%), solidão (14,5%) e euforia (2,4%). Outra informação relevante é que para 80,5% dos participantes esses sentimentos já existiam e foram intensificados pela pandemia. Para 76,9% dos entrevistados não há condições de segurança para voltar ao trabalho presencial.

geraldo1.pngDos resultados já obtidos, o médico finalizou a apresentação destacando dois pontos que, em sua opinião, são bastante preocupantes: aumento da jornada de trabalho, com exigências de respostas a e-mails e whatsapp à noite e finais de semana, e a injusta divisão de tarefas domésticas, com sobrecarga de trabalho para mulheres.

Jornada – O evento integra a Jornada de Formação “A saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras ameaçada: trabalhar sim, adoecer não”, que acontecerá até o dia 2 de junho (confira aquiAbre em nova aba a programação).  A Jornada tem o apoio institucional do TRT-RS, por meio do seu Comitê de Combate ao Assédio Moral. Esta parceria com o Sintrajufe/RS integra o calendário de ações do TRT-RS alusivas à Semana de Combate ao Assédio Moral, que aconteceu entre os dias 10 a 14 de maio.

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Fonte: Sâmia de Christo Garcia (Secom/TRT4).
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