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Publicada em: 08/03/2021 08:46. Atualizada em: 08/03/2021 08:46.

Artigo: "Pandemia e mulheres: rotina alterada e desigualdades", de autoria da presidente do TRT-RS, desembargadora Carmen Gonzalez

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Carmen Gonzalez.jpg(Texto originalmente publicado no jornal Zero Hora, edição de 8 de março de 2021, Dia Internacional da Mulher).

Neste ano, o Dia Internacional da Mulher não é motivo de muita celebração. Segundo a ONU Mulheres, em face da pandemia de covid-19, o efetivo progresso contra a pobreza entre mulheres ocorrido nas últimas décadas deve ser revertido. 

A pandemia impacta a economia e atinge homens e mulheres, piorando a situação de emprego e trabalho, notadamente entre pessoas com baixa qualificação e escolaridade. No entanto, atinge com mais força as mulheres em idade reprodutiva, pobres e negras.  

As mulheres são as maiores responsáveis pelas tarefas de cuidado. Suas rotinas foram modificadas em função da pandemia e da falta de políticas coordenadas para combater o vírus e proteger as pessoas em termos sanitários, sociais e econômicos. Segundo a pesquisa "Sem Parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia", realizada por Gênero e Número e Sempreviva Organização Feminista, entre as mulheres responsáveis pelo cuidado de crianças, idosos ou pessoas com deficiência, 72% afirmam que a necessidade de monitoramento e companhia cresceu durante a pandemia.

Com relação aos salários, as mulheres recebem menos que os homens; mulheres negras recebem menos que as brancas. Na pandemia, muitas também não conseguiram manter a mesma renda: na pesquisa citada, 40% afirmaram que a pandemia e o isolamento social puseram em risco o sustento da casa.

Além disso, mulheres comumente sofrem com violência doméstica ou algum tipo de assédio. Conforme o Instituto Maria da Penha, a cada dois segundos uma mulher sofre violência física ou verbal no Brasil. Em razão do isolamento social e da maior precariedade salarial, os números de violência aumentaram durante a pandemia. 

Precisamos ter cada vez mais consciência das problemáticas que envolvem questões de gênero. É preciso melhorar o acesso à saúde, à educação e a trabalhos dignos, e expandir programas sociais.  Ainda há um longo caminho a percorrer. Políticas públicas com recorte de gênero, raça e classe são imprescindíveis para a diminuição de desigualdades.

Carmen Izabel Centena Gonzalez
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)

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Fonte: Secom/TRT4
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