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Publicada em: 11/10/2018 10:18. Atualizada em: 12/10/2018 13:42.

Peça de teatro no TRT-RS incentiva adolescentes a refletirem sobre as relações humanas e a construção da identidade

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Auditório Rui Cirne Lima, do TRT-RS, palco para a peça de teatro "A Águia e a Galinha" visto da plateia. Palco central em segundo plano.
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O Auditório Rui Cirne Lima, do TRT-RS, foi palco para a peça de teatro "A Águia e a Galinha", da Companhia de Teatro Entre Linhas, nesta quarta-feira (10/10). A apresentação foi destinada a uma plateia de adolescentes da Fundação O Pão dos Pobres e da unidade Projeto Pescar Comunidade Jurídico-Trabalhista. O evento foi promovido em parceria entre o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), e o Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Acesse aquiAbre em nova aba as fotos do evento.

A peça, baseada em um conto do ganense James Aggrey, conta a história de uma águia que cai do ninho e é criada por um casal humilde, na zona rural, como se fosse uma galinha. Ao longo do enredo, as diferenças de natureza entre os animais são usadas como metáfora para uma reflexão sobre as relações humanas e a construção da identidade. O casal de personagens é interpretado no palco pelos atores Alice Ribeiro e Paulo Sturmer.  

Roda de conversa

Após a apresentação teatral, houve uma roda de conversa dos atores com o público sobre os temas abordados na peça. Os adolescentes da plateia expuseram suas interpretações sobre o enredo e as reflexões despertadas por ele. O estudante Paulo comentou a influência que o ambiente pode ter sobre as pessoas. “Parece que somos criados no galinheiro, deslocados, como a águia da história. A gente pode mais, mas se contenta com menos, porque achamos que os outros são nossos espelhos”, avaliou. A aluna do Projeto Pescar Thatielly mencionou que o texto da peça foi trabalhado durante as aulas pela turma. “Quando lemos esse texto, concluímos que não é errado ser galinha nem ser águia. O problema é a comodidade, é não se permitir coisas novas”, avaliou. A estudante Sofia também se identificou com o tema da peça e destacou a importância das aulas no Pescar para a descoberta dos projetos de vida que ela pretende desenvolver. “Ser aceita no curso me abriu um grande leque. Comecei a entender que posso ser muitas coisas, que posso estudar, trabalhar. Hoje quero ser psicóloga e ajudar as pessoas”, declarou.

Os atores Alice Ribeiro e Paulo Sturmer elogiaram os comentários trazidos pelos adolescentes. “Nessa faixa etária em que vocês estão, é importante buscar conhecimento e, através disso, enxergar as possibilidades que estão se abrindo”, afirmou Alice. “Ser águia é uma decisão interna, individual. É a gente mesmo que tem que encontrar os caminhos”, completou Paulo. O educador social André Cintra, coordenador e professor da unidade do Projeto Pescar da Comunidade Jurídica Trabalhista, traçou paralelos entre o enredo da peça e as conversas que tem com os alunos no curso. “Esse texto fala sobretudo de potencialização. Todos nós temos nossa potência, somos bons em algo. Mas a grande sacada é que precisamos olhar para dentro. A maioria das pessoas se vê menor do que realmente é, não se vê como águia, não enxerga o tamanho da sua asa e do seu voo”, refletiu. 

O evento contou com a presença da presidente do TRT-RS, desembargadora Vania Cunha Mattos, das gestoras do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, desembargadora Maria Madalena Telesca e juíza Maria Silvana Rotta Tedesco, e da coordenadora do programa Trabalho, Justiça e Cidadania no Âmbito da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (AmatraIV), juíza Aline Doral Stefani Fagundes.

A unidade do Projeto Pescar da Comunidade Jurídica Trabalhista oferece formação socioprofissional a jovens em situação de vulnerabilidade social. A Fundação Pão dos Pobres atende a cerca de 1,4 mil crianças, adolescentes e jovens por meio de atividades socioassistenciais.

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Fonte: texto de Guilherme Villa Verde, fotos de Inácio do Canto (Secom/TRT-RS)
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