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Publicada em: 20/08/2018 10:03. Atualizada em: 20/08/2018 10:06.

Justiça do Trabalho compartilha experiências em Seminário Nacional de Gestão e Governança para TI

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Evento teve palestras na quinta e sexta-feira (16 e 17/08)
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O Seminário de Gestão e Governança de Tecnologia da Informação (TI), sediado nessa quinta e sexta-feira (16 e 17/8) no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), abordou a Transformação Digital na Justiça do Trabalho. Realizado no Auditório Ruy Cirne Lima, do Foro Trabalhista de Porto Alegre, o evento reuniu magistrados que integram comitês de Governança de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicações) nos órgãos da Justiça do Trabalho, além de servidores das áreas de TI e de Controle Interno dos TRTs e do Tribunal Superior do Trabalho. Também participam representantes de instituições convidadas.

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O segundo dia de debates iniciou com dois painéis destinados à discussão de cases bem sucedidos. O primeiro deles, denominado “Informações para gestão e governança de TIC”, foi mediado pela diretora da Setic do TRT-RS, servidora Natacha Moraes de Oliveira, e apresentou experiências de captação e gerenciamento de informações. O servidor Alberto Daniel Müller, coordenador de Gestão de TIC, mostrou o funcionamento do sistema utilizado para montar e gerir o Plano Anual de Capacitação de TIC do TRT-RS. Por meio de um controle centralizado de competências a serem desenvolvidas, associado a todas as demandas e realizações de cursos, foi criada uma ferramenta para aumentar a eficiência e pertinência dos treinamentos. A estratégia foi recomendada pelo CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho) como boa prática a ser replicada por outros Tribunais.

O painel de abertura foi seguido por fala do servidor Hugo da Silva da Silva, que apresentou ferramentas de gestão de projetos usadas no TRT18 (GO). Marcos Xavier de Almeida Barreto, do TRT20 (SE), discutiu o Programa SIGEO-JT, criado colaborativamente por 12 TRTs e usado nacionalmente para melhorar a gestão orçamentária. Eduardo Pereira Borges, do TRT1 (RJ), compartilhou uma experiência de coleta de dados aparentemente simples (usando tabelas Excel), porém com implicações extremamente(?) relevantes para gerir o tempo e a força de trabalho das equipes de TI. O painel foi fechado com manifestação do juiz Firmo Ferreira Leal Neto, do TRT5 (BA), que mostrou as ferramentas utilizadas pela Corregedoria de seu tribunal na gestão das informações processuais, usadas tanto para a fiscalização como para o apoio aos magistrados.

O segundo painel, intitulado “Gerenciamento ágil de projetos”, trouxe experiências de metodologias voltadas para a maior eficiência em projetos. Os servidores Deise Alexandra Koerber Albino e André Soares Farias, do TRT-RS, trouxeram aspectos referentes à simplificação da documentação e melhoria das dinâmicas de alinhamento entre a área de negócios e a área de execução dos projetos. Eles enfatizaram que, independentemente da metodologia adotada, é importante diminuir as redundâncias e ter flexibilidade para adaptar os processos. Gustavo Bestetti Ibarra, do TRT12 (SC), narrou uma vivência realizada pela TI desse Tribunal em formato de “maratona de programação”. Por uma semana, os servidores da área foram isolados para se dedicar exclusivamente a um projeto vinculado ao PJe (Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho). Entre os benefícios dessa metodologia, Ibarra apontou a motivação e o nivelamento do conhecimento entre os servidores participantes. Geslaine Perez Maquerte, do TRT24 (MS), discutiu a importância de se valorizar as equipes e o alinhamento de expectativas estratégicas com a área judiciária, argumentando que nenhuma metodologia será eficiente sem esses pontos. Emidio Lennon Gonçalves da Silva, do TRT9 (PR), e Juarez Dallago, do TRT7 (PE), apresentaram os sistemas e as metodologias utilizadas na gestão dos seus portfólios de projetos.

Inovação

A palestra seguinte foi ministrada por Cristiano Kruel, chefe de inovação da StartSe, provedora de tecnologia e serviços para empreendimentos na nova economia, como startups. O convidado abordou as perspectivas da rápida evolução tecnológica no mundo. Um dos propulsores desse desenvolvimento é a inteligência artificial: máquinas processando uma quantidade inimaginável de dados e gerando resultados impressionantes, como veículos autônomos, sistemas de recomendações e análises financeiras e de riscos (com base em cruzamento de dados), reconhecimento de voz, diagnósticos médicos precisos, entre outros. “O dado é o novo petróleo”, afirmou Kruel. Isso não significa, para ele, que a máquina substituirá o homem em tudo. “O homem é bom para algumas coisas e a máquina é boa para outras”, avaliou. Conforme o palestrante, a evolução da tecnologia é exponencial, subindo em uma curva muito acentuada. Na velha economia, se em um determinado intervalo de tempo havia 30² experimentos (900), na nova economia são 2³º (1.073.741.824). “Nesse universo de mais de 1 bilhão, muitos darão certo”, avaliou Kruel. Tal contexto, segundo o especialista, evidentemente impacta na gestão das organizações, que devem se preparar para cenários de baixa previsibilidade e muitas incertezas.

A última atividade do turno da manhã foi um painel, no qual três TRTs apresentaram o funcionamento dos seus sistemas de atendimento a usuários. As apresentações ficaram a cargo de Maria Rita de Oliveira (TRT6 - CE), Gustavo de Almeida Rocha (TRT10 - DF) e Denilson Ribeiro de Quadros (TRT4 - RS).

Turno da tarde

A programação da tarde foi aberta com a palestra do gerente-executivo de TI do Banco do Brasil, Marcio Motta. Ele explicou que, com a abundância de informações disponíveis na rede, o poder passou para as mãos do consumidor. O produto e o serviço em si perderam a importância: o que vale agora é a experiência, algo intangível. E empresas e organizações devem atender seus clientes de acordo com a experiência que eles exigem.

Assim como Cristiano Kruel, Márcio também abordou a evolução exponencial da tecnologia. Ele apresentou estudo apontando que, hoje, há 8,4 bilhões de dispositivos conectados no mundo. Em 2020, serão 33 bilhões e, em 2035, mais de 1 trilhão. De acordo com o palestrante, o mundo está prestes a conhecer mais novidades em termos de banda da internet (velocidade 5G), inteligência artificial, computação quântica, biotecnologia e nanotecnologia. “Não vivemos uma época de mudança, e sim uma mudança de era”, observou. Segundo Márcio, o importante é a empresa ou organização perceber o tempo certo da mudança, para não ficar para trás. E o novo cenário também impactará os organogramas das organizações, que deverão investir em estruturas de análise e decisões. As equipes serão multidisciplinares e colaborativas, e seus membros terão autonomia, mas também responsabilidade por aquilo que fizerem (conceito de accountability).

O seminário foi encerrado com a realização de dois painéis. O primeiro abordou a atuação dos comitês de governança de tecnologia da informação nos TRTs, com a mediação do desembargador Cláudio Antônio Cassou Barbosa. Na abertura do debate, o magistrado apresentou exemplos da atuação do comitê de governança de TI do TRT-RS, com destaque para o desenvolvimento dos novos módulos do PJe (Processo Judicial Eletrônico) 2.0, o uso da inteligência artificial para facilitar a análise de admissibilidade dos recursos de revista e o projeto de transmitir sessões de julgamento em vídeo de alta qualidade. O evento prosseguiu com as falas dos representantes de comitês de TIC Robnaldo José Santos Alves (TRT18), desembargador Francisco Sérgio Rocha (TRT8 - PA/AP),  juiz Firmo Ferreira Leal Neto (TRT5), Claudio Henrique Sampaio (TRT16 - MA), Ricardo Alex César Viana (TRT2 - SP), desembargador Carlos Augusto Gomes Lôbo (TRT14 - RO/AC), e Gilberto Atman Picardi Faria (TRT3 - MG). Ao longo das exposições, os debatedores apresentaram a estrutura e algumas iniciativas de seus comitês, e defenderam a importância de se reforçar o trabalho colaborativo entre os regionais para o desenvolvimento de projetos que atendam a interesses comuns. 

O último painel do seminário foi sobre o uso de tecnologias para a transformação digital. A mediação ficou a cargo do coordenador de gestão de TIC do TRT-RS, servidor Alberto Daniel Müller. Os representantes do TRT-RS Lucas Pozatti e Paulo Mendes Ribeiro Junior falaram sobre gestão de continuidade na área de tecnologia da informação. A seguir, os diretores de Setic Gustavo Bestetti Ibarra (TRT12) e  Marcos Xavier de Almeida Barreto (TRT20) falaram sobre novas tendências de desenvolvimento. O painel foi finalizado com as participações dos diretores Marco Aurélio Rego (TRT8) e Eduardo Pereira Borges (TRT1), que falaram sobre o conceito de hiperconvergência. 

O próximo Seminário de Gestão e Governança de Tecnologia da Informação está programado para ocorrer em 2019, em Belém/PA, na sede do TRT da 8ª Região. 

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Fonte: Secom/TRT-RS
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